Voltar para notícias · 10 março, 2020

Médico que contratou vistoria em medidor reafirma denúncias na CPI da Energisa

A CPI da Energisa coletou nesta terça-feira (10) o depoimento do médico contratante do parecer técnico que constatou indícios de consumo não condizente com o registrado pelo medidor da concessionária Energisa. Márcio Molinari revelou à Comissão que, nos últimos quatro meses, o consumo de seu imóvel saltou da média de 150 quilowatts por hora para 1,1 mil. “Esse fato e a falta de informações me fizeram acionar a CPI para denunciar o descaso com o contribuinte e o consumo errado realizado por eles”, aponta Molinari.

Em sessão extraordinária, o médico Márcio Molinari explicou que acionou a CPI da Energisa na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul depois de constatar que o consumo de seu imóvel saltou até 1000% em um curto período de tempo. “Sem o meu conhecimento, realizaram uma troca do padrão medidor no fim do ano passado e, daquele dia pra cá, o consumo só vem aumentando. Depois de abrir vários protocolos na Energisa pedindo explicações sobre esse aumento, não recebi nenhum retorno da concessionária e decidi apresentar o parecer técnico à CPI”, explica Molinari.

O técnico em eletricidade Lucas de Aquino Lima, responsável pelo parecer contratado pelo médico Márcio Molinari, cita que foi utilizado um analisado de consumo para comparar os índices registrados pelo relógio da Energisa. “Em uma semana, o analisador indicou um consumo real de 22 quilowatts hora, enquanto o relógio da Energisa registrou consumo de 154 quilowatts hora”, detalha.

Márcio Molinari desabafa dizendo que “a Energisa não atende ao seu usuário. Há três meses venho abrindo protocolos solicitando informações que justifiquem o aumento do meu consumo, mas não sou atendido”.

O deputado estadual Felipe Orro (PSDB), presidente da CPI da Energisa, destaca que “as informações prestadas pelo doutor Molinari seguem a mesma linha do estudo que fundamentou o fato determinante na instauração da CPI nesta Casa de Leis. São indícios fortes que nos dão a certeza de que devemos continuar seguindo esta linha de investigação”, pontua Felipe Orro.

O vice-presidente da CPI, deputado Barbosinha (DEM), também aponta que “as informações presentes no estudo contratado (pelo médico Márcio Molinari) nos dão indícios que nos obrigam a solicitar um estudo mais detalhado desses relógios”.

Já o relator da CPI, deputado Capitão Contar (PSL), declarou ser pertinente o estudo contratado e apresentado à Comissão. “Esse estudo leva em consideração a comparação dos quilowatts/hora consumidos que foram registrados no analisador paralelo e no relógio da Energisa”.

Próximos passos

O presidente da CPI também indeferiu na sessão desta terça-feira o pedido da Energisa de que 100 relógios a serem periciados fossem sorteados de todo o banco de dados da concessionária. “Defendemos que todos os 200 relógios a serem periciados no Departamento de Engenharia da UFSCar sejam sorteados do universo de 2,3 mil consumidores que registraram queixa contra a Energisa ao longo de 2019, e não de todo o banco de dados da concessionária. A Energisa deveria ser a primeira a ter o interesse de saber que esses relógios de consumidores insatisfeitos não possuem nenhum vício”, explica Felipe Orro.

Na próxima segunda-feira (16), às 10h, será realizado na Assembleia Legislativa o sorteio de 300 unidades consumidoras para remoção de 200 relógios que passarão por perícia em São Carlos (SP). A margem de 100 relógios a mais é por conta da possível recusa ou ausência de algum morador para acompanhar a remoção.

Entre os dias 18 e 26 de março serão realizadas as remoções destes relógios, com acompanhamento de membros da CPI e de técnicos da Energisa. A partir do dia 28 de março, os aparelhos estarão disponíveis para os testes de responsabilidade da UFSCar.

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