Voltar para notícias · 22 fevereiro, 2011

Felipe Orro pede volta imediata do Segurança Alimentar Indígena

O
deputado estadual Felipe Orro (PDT) cobrou, hoje (22-02), da tribuna da
Assembleia Legislativa, o retorno imediato do Programa Segurança
Alimentar Indígena que garantia a distribuição de alimentos para as
famílias indígenas de todo o Estado e foi suspenso há seis meses. Felipe
Orro apresentou indicação ao governador André Puccinelli e à secretária
de Assistência Social e Trabalho, Tânia Garib, alertando para o risco
da desnutrição infantil voltar às aldeias caso não se restabeleça com a
maior brevidade o repasse das cestas básicas.

“Ontem (21) recebi
em meu gabinete uma comissão de lideranças indígenas. Eles mostraram a
preocupação com a fome que já se estabelece em algumas localidades
indígenas de Aquidauana e Miranda. Há seis meses essas famílias não
recebem as cestas básicas. Eu faço um apelo ao governador, à secretária
Tânia Garib, para que encontrem uma solução e voltem a atender as
aldeias com o Segurança Alimentar”.

Na audiência com Felipe Orro,
o presidente do Conselho Tribal da Aldeia Água Branca, Salu José da
Silva, disse que a última entrega de cestas aconteceu em outubro, logo
após as eleições. Depois disso, só houve mais um repasse, em dezembro,
após interferência do Ministério Público Federal, e cessou outra vez.

Os
indígenas dizem que procuraram as autoridades responsáveis, mas a
explicação de sempre é que não há repasse de recursos do governo
federal, e enquanto o convênio não for normalizado, a distribuição de
alimentos continua suspensa.

“Nas aldeias não circula dinheiro,
são comunidades muito pobres. A agricultura é de subsistência, os
indígenas não têm tradição de plantar em grande quantidade. O dinheiro
que circula ali é de alguns homens que saem pra trabalhar, dos
aposentados, ou das índias que andam pelas ruas vendendo o pouco que
produzem. Portanto o Segurança Alimentar é de vital importância para a
sobrevivência dessas comunidades”, frisou Felipe Orro.

Os
indígenas querem o restabelecimento do programa e o reforço da cesta,
com produtos que, segundo eles, foram retirados ou tiveram a quantidade
reduzida. É o caso do charque, que antes vinha dois quilos e diminuiu
para um; mesmo caso do fubá, já a sardinha em latas e a erva mate não
integram mais a cesta e a farinha de trigo, nunca foi repassada. “O
governador prometeu reforçar a cesta, ao invés disso cortou o repasse”,
lamenta Salu da Silva.

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