“Sou bem seguro em relação a isso. Entendo que não adianta fazer investimentos caros em outras áreas se temos demanda social. São Paulo investe mais de 9% do ICMS arrecadado nas universidades, aqui estamos brigando para chegar a 3%, hoje não passa de 1,5%”, disse Felipe Orro.
O governador André Puccinelli tem aumentado gradativamente o volume de recursos repassados à Uems, segundo o reitor, porém o valor ainda não permite investir na expansão e nem atender adequadamente o custeio. Em 2007 a Uems recebeu R$ 48 milhões, no ano passado chegou a R$ 65 milhões e neste ano deve fechar em R$ 70 milhões. O valor necessário só para cobrir o custeio no ano que vem é de R$ 79 milhões, detalhou o reitor.
“O ideal seria mais R$ 40 milhões para investimentos”, disse. “Temos que focar na meta de 3% da receita. Isso daria em torno de R$ 15 milhões por mês, R$ 180 milhões ao ano. Só assim a Uems terá condições de crescer, se fortalecer e se firmar como a grande geradora de conhecimento que vai impulsionar o desenvolvimento do Estado. Estou certo que o governador vai entender a importância dessa demanda e vai deixar esse legado ao povo de Mato Grosso do Sul”, acrescentou Felipe Orro.
O reitor destacou características importantes da Uems: dos 8.200 acadêmicos, 78% são oriundos da escola pública e 91% são residentes em Mato Grosso do Sul. “A universidade atende a nossa gente, e possibilita acesso aos jovens de famílias mais humildes”, ponderou.
Outra notícia que deixou Felipe Orro satisfeito é a possibilidade do Campus de Aquidauana sediar o primeiro curso de Doutorado da Uems. “Estamos na expectativa, já encaminhamos o projeto para implantar o curso de Doutorado em Agronomia em Aquidauana”, confirmou o reitor.
